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Blogueiras Feministas

Feministas? Eca!

20/12/201013/07/2018Categorias Comportamento e Relacionamentosamizade, backlash, diálogo, Georgia Faust, machismo

Texto de Georgia Faust.

Os homens tem especial interesse em desqualificar as feministas. Como suas esposas se contentariam com a falta de talento na cama, a inutilidade masculina nos assuntos doméstico, a ausência paterna na criação dos filhos se fossem feministas?Os homens teriam que crescer, amadurecer se as mulheres fossem feministas. É muito mais fácil ter uma Barbie dentro de casa que uma mulher feminista. É bem mais fácil ser uma marionete pois assim não se é questionada. Sem ser questionada sempre se tem a sensação de estar fazendo a coisa certa, o “natural”. Ser feminista é como ser baixinha (parte 1).

Achei interessante, porque há poucos dias atrás tive uma discussão semelhante com um amigo meu. Estou encantada com ‘Backlash’, livro da Susan Faludi, e agora minha nova mania é mencionar dados do livro ou trazer a tona assuntos dele por aí para, sei lá, questionar o status quo.

Então ele comentou que num fórum alguém postou que homens casados sofrem mais ataques cardíacos do que os solteiros. E eu, pá, falei do que tinha lido no livro, que na verdade os homens solteiros sofrem muito mais do que os casados. Isso falando em depressão, tentativas de suicídio, melancolia, etc. E que os homens separados/divorciados demoram significativamente mais tempo para se reerguerem e se sentirem felizes de novo do que as mulheres.

E daí, conclusão minha – nada disso no livro, falei que obviamente, em culturas onde a mulher é mais submissa, os homens casados são mais felizes. Ou seja, a infelicidade do homem casado é algo “ocidental”, ou “moderno”. A resposta dele? Essa me quebrou. É óbvio que o homem casado com a “mulher moderna” (leia-se feminista) vai ser infeliz. Porque ele já está preocupado com mil coisas, trabalho e dinheiro e etc, e ainda tem que aguentar uma bocudinha, insolente, insubordinada, realmente essa é a pior desgraça que pode acontecer na vida de um homem. (ele não usou a palavra insolente e insubordinada, mas é que não lembro exatamente as palavras e no fundo, foi isso aí mesmo)

Interessante que, mesmo para pessoas que eu considerava mais abertas aos direitos das mulheres, as vezes o instinto ainda prega uma peça dessas. Sem querer, por 5 segundos, ele deixou escapar toda essa crença que andava escondidinha lá no fundo, de que o homem tem que mandar mesmo, de que a mulher tem que obedecer, e que a mulher que não obedece e defende suas opiniões se resume a uma bocudinha, insubordinada. E que para o homem ser feliz, tem que estar com uma mulher-pastel, que não tem opinião, que não tem personalidade, que se mescla ao marido a tal ponto que ela nem sabe mais se frango a parmegiana é o prato preferido dela ou dele. E nesse raciocínio não importa se a mulher é feliz ou não nesse tipo de relação, porque a felicidade DELE é mais importante, saca?

Próximo passo da conversa, que até então ainda era pacífica, falar sobre essa construção de papéis, de como o homem acredita que “é natural” para ele mandar e ser obedecido e ter o dinheiro e ser o chefe da casa. Defendi que isso é cultural, é construído, não é genético. E que o homem também seria mais feliz se se livrasse dessa idéia de que TEM que ser o provedor, e TEM que ser o mais forte, e TEM que ser o dominador. A liberdade é benéfica para ambos os sexos, será que é difícil entender? Falei isso para não falar do que está escrito lá em cima, no trecho que retirei do blog Café Velho. Porque daí qualificaria agressão, e eu não estava exatamente afim de briga, só de uma discussão saudável.

E, depois dessa, escutei o supra-sumo do discurso conservador detestável: por que você se preocupa tanto se essas coisas todas são construídas ou não? Você não vai mudar nada mesmo!

Pois é, eu acho que vou. Se não mudar o mundo, mudo pelo menos a minha vida. O que já é o suficiente, pois meus tempos de supermulher já se foram faz tempo. (e mesmo se a mudança fosse impossível, discutir deixa de ser legal???)

Autora

Georgia Faust é professora de inglês, estudante de Pedagogia, feminista, gateira, cicloativista, vegetariana, revoltada, apaixonada.

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