Quantas mulheres você conhece que joga videogames?Poucas, muitas, mais ou menos?Pois é, os jogos eletrônicos, apesar de serem voltados a um público majoritariamente masculino, tem sim mulheres apreciadoras.
Eu, como toda criança, me fascinava com os bonequinhos que corriam na tela e com as inúmeras possibilidades de aventuras proporcionadas. Quando meu pai comprou um Master System 3 pra nós (éramos 3 irmãos), os olhos brilharam de alegria e a musiquinha do Alex Kidd impregnou na cabeça!
Mas o tempo foi passando e a pressão para o abandono do videogame foi surgindo, pois eu enquanto adolescente tinha que fazer “coisas de menina”. O videogame acabou ficando apenas no mundo do meu irmão e dos seus amigos que se reuniam pra jogar. Uma garota no meio de um monte de rapazes jogando videogame?Nem pensar,isso é coisa de menino!
Claroque o gosto pelos jogos eletrônicos não passou e depois de adulta voltei a jogar um tipo bem bacana de jogo: os RPG´s games.Um série em particular ganhou minha preferência, não só a minha, mas de muita gente: a série Final Fantasy,da empresa japonesa Square Soft.A série conta com catorze títulos atualmente, além de outros jogos derivados, os chamados spin-off´s.
Dentre os jogos da série, um que ganhou a minha simpatia foi o Final Fantasy VI. Lançado em 1994, foi um dos RPG´s games que apostou num diferencial pouco explorado:uma personagem principal feminina: Terra Branford. Além da Terra,uma outra personagem feminina forte também estava presente, a Celes Chere.
E o que existe de extraordinário nessas personagens? Simples:elas participam da história e fazem acontecer!Elas falam, gritam, discordam de outros personagens, sofrem e lutam. Não estão lá pra ser um objeto, um enfeite do cenário.
Como em todo Final Fantasy, elas estão lá lutando por uma razão: salvar a humanidade.Mostram a força e a perseverança que as mulheres possuem. Não, elas não são nem um pouquinho frágeis e nem estão lá no meio de personagens masculinos pra arranjar um namorado ou serem seqüestradas pelo vilão.
Não sei se posso afirmar se Final Fantasy VI seria um jogo com ideais feministas,mas vejo que houve uma inovação em mostrar tanto personagens masculinos e femininos como iguais, saindo da velha máxima dos jogos eletrônicos onde as mulheres são frágeis e precisam ser salvas.Essas personagens me ensinam a cada dia que não podemos nos conformar com as tragédias cotidianas.
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