Em 28 de Junho de 1969, gays, lésbicas e travestis que estavam no bar Stonewall Inn em Nova York decidiram reagir à constante perseguição de policiais. Diariamente a polícia invadia clubes e casas que funcionavam de forma praticamente clandestina mas eram tradicionais pontos de encontro LGBT. As pessoas tomaram as ruas, tombaram e incendiaram carros, levantaram barricadas e transformaram o Stonewall Inn em “marco zero” da luta contra a homofobia.
Em 05 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal do Brasil reconhece por unanimidade a união estável homossexual. Muitos saíram às ruas para comemorar entre amigos, o reconhecimento dos direitos humanos que um parlamento retrógrado teima em negar.
Em 23 de junho de 2011, durante a Marcha para Jesus, o reporter Ricardo Galhardo do IG entrevistava pessoas quando Jovelina das Cruzes, evangélica, mostra a humanidade que falta a tantos religiosos:
“Enquanto a reportagem entrevistava os jovens, a aposentada Jovelina das Cruzes, de 68 anos, ouviu a conversa e fez uma intervenção. “Vocês estão falando sobre o que não conhecem. Meu sobrinho é gay e é um rapaz maravilhoso. Ótimo filho, muito educado, muito honesto e estudioso. Já o meu filho é machão e vive batendo na esposa, não respeita ninguém, não para no emprego.”
Quando Jovelina virava as costas para continuar a marcha Natanael, que não se deu por vencido, fez uma observação. “Cuidado, tia. Se o pastor escuta a senhora falando uma coisa dessas ele não deixa mais a senhora entrar na igreja”. E Jovelina respondeu. “Igreja é o que não falta por aí. Se me impedirem de ir em uma, vou em outra. Não tem problema.”

Posts Participantes da Blogagem Coletiva:
28 de junho: reflexões sobre o toctoctoc do facismo em nossas portas, da Luka
Durante as décadas a história do 28 de junho acabou por se perder, apenas lembrada nos guetos dos guetos da política. Servindo de base para uma disputa contra o machismo e o femismo nas organizações anticapitalistas ou reformistas. É importante lembrarmos que esta data dialoga diretamente com a luta contra a criminalização dos movimentos sociais e o extermínio da juventude negra e pobre tão noticiado por aí.
A eterna parada dos sem noção, da Lola Escreva
Ao invés de competirmos numa espécie de Olimpíada da Opressão para ver quem sofre mais preconceito, temos mais é que nos unir. E mais: precisamos ter orgulho de estar na companhia de outras minorias igualmente aguerridas. Tod@s nós lutamos por um mundo melhor, livre de preconceitos.
A inacreditável Myrian Rios, do Imprença
Pois bem, eis que Myrian Rios, no auge de sua sabedoria e amor ao próximo {{é o que está na bíblia, ou não?!}} resolve demonstrar o motivo pelo qual ela é contra a PEC 23/2007 {{uma espécie de PL 122 do Rio, como diz o vídeo abaixo}} e, bem, saiu isso aqui:
A Nossa KKK, da Mari Moscou
Paralelamente talvez valesse a pena também encontrarmos um termo para aquelas pessoas que não necesariamente tem essa “fobia” gay mas que defendem que gays são inferiores e logo não devem ter os mesmos direitos que heterossexuais. Sexualismo? Heterossexualismo? Que tal? Estabelecer estas categorias similares talvez ajude as pessoas a entenderem a gravidade e a urgência do PLC122. Afinal de contas, se a própria constituição propõe direitos iguais a todos os cidadãos…
Basta estender a mão, da Karla Avanço
Em outras palavras, entre jovens e velhos, brancos e negros, homens e mulheres, cristãos e não cristãos, heterossexuais e homossexuais quem usufrui mais da tão aclamada igualdade? Por outro lado, quem corre mais riscos de perder seus direitos?
Com o microfone: dama Tiely Queen, da Bruna Provazi
Quem circula pelos rolês ativistas e culturais paulistanos com certeza já trombou com esses dreadlocks por aí. Figura conhecidíssima na capital paulista, a rapper Tiely Queen coordena o projeto HIP HOP MULHER, que completa responsáveis três anos de existência. Além de rapper, Tiely é atriz, cineasta, e já jogou muito futebol. Ela também é uma das curadoras do LesFest. Conversamos sobre o festival na feira da diversidade do 15º Mês do Orgulho LGBT.
Dia do Orgulho LGBT, da Barbara Araujo
Hoje é dia do orgulho LGBT e a escalada da homofobia no país e no mundo cresce como nunca. Mas, vejam, a resistência também cresce. Hoje é dia de orgulho porque estamos ocupando os espaços, estamos pautando discussões, já não queremos nem podemos nos esconder.
E se fosse o contrário, da Thayz Sardenta
Preconceito, pra mim, é ignorância pura. E se você é daqueles que não se dizem preconceituosos, mas não deixam a sexualidade do outro em paz, tenho uma novidade: isso é preconceito.
É tão mais fácil amar, da Borboleta nos Olhos
Com precisão ela apontou minha dor, meu choque e minha indignação com a onda moralista, cruel e violenta que tem nos sufocado a todos e, mais especificamente, às pessoas de orientação sexual não heteronormativa. É tão triste ver como as pessoas se encastelam e se defendem magoando, agredindo, diminuindo o Outro.
Eu sou gay e tenho orgulho disso, da Suely
Faz parte da defesa feminista de liberdade, há muito tempo, o questionamento à heterossexualidade obrigatória e o direito de viver de forma livre e autônoma nossa sexualidade.
Gay, pra mim, é sinônimo de amor, da Daniela Luciana
Minha família nuclear tem gays. Têm talento, competência, sociabilidade, garra, alegria. Ainda tem generosidade, inteligência, amor à família. O blog não daria conta das qualidades, saibam. Temos muito orgulho. Muito amor. Amb@s casad@s. Minha Mãe está na Europa e… para prestigiá-l@s… foi à Parada Gay.
Homofóbicos, o problema está em vocês, da Lia de Lua
Pior é que o preconceito se manifesta tão perto da gente, de formas cruzadas, por parte de pessoas queridas. Às vezes relevamos, porque nos recusamos a limitar essas pessoas a seus preconceitos.
Lésbicas e Bissexuais em Marcha, da Fuzarca Feminista indicação da Tica Moreno
a heterossexualidade obrigatória é reforçada como um dos pilares que sustenta a sociedade patriarcal e capitalista. A sexualidade continua sendo padronizada conforme os papeis ‘naturais’ de mulheres e homens, perseguindo e estigmatizando como “minoria” qualquer um/a que fuja desse padrão – seja por conta da sua sexualidade, sexo ou cor da pele.
Lésbicas Masculinas? da Zaíra Souminha
uma leitora questiona porque algumas mulheres lésbicas se vestem e se portam de forma “masculina”. E tentando responder aos questionamentos dela, acabei escrevendo longamente, e achei que seria interessante reproduzir aqui minha resposta a ela.
LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, da Tainá
Nós homossexuais temos os mesmos direitos que todos os seres humanos, afinal, tendo ou não esta orientação trabalhamos, estudamos, e fazemos o mesmo que todos os outros, não temos doença contagiosa, muito menos somos os culpados pelas doenças sexualmente transmissíveis.
Lost and delirious, da Emanuele
Because love is. It just is and nothing you can say can make it go away because it is the point of why we are here.
Não é só Fervo da Sara Joker
Temos o costume de acreditar que, se não passamos por bullying ou não somos expulsos de casa por causa da nossa orientação sexual, não há motivos para lutar, está tudo bem. Mas não é verdade, não é porque não passamos por preconceito que ele não existe e tudo é fervo e alegria.
Orgulho Gay, da Liliane Gusmão
Eu mudei por que deixei de me achar diferente, melhor do que os outros. Muitos amigos se descobriram homossexuais, e eu quando me descobri feminista entendi um pouco o sofrimento dessas pessoas.
Orgulho pela coragem de lutar, da Aisla Araújo
Já notaram como o machismo está intimamente ligado à homofobia, talvez por depreciarem tudo o que lembre uma mulher, e se um homem mostra um jeito, digamos, ‘feminino’ – já é a escória do mundo.
Porque você não precisa. (uma pequena contribuição ao 28 de junho), da Camilla de Magalhães Gomes
É difícil identificar o pior ou o mais desonesto dos argumentos usados pelos homofóbicos para atacar a luta LGBT ou para mascarar seu preconceito. Mas uma leitura só um pouco mais atenta desses discursos raivosos e infundados pode ajudar a identificar alguns tristes padrões.
Tenho Orgulho da LGBTTT, da Dani Montper
Até que tod@s sejam livres para viverem sua homossexualidade e/ou transexualidade com dignidade, eu apoiarei e terei orgulho da comunidade LGBTTT. E até depois disso também!
Uma “parada” de afirmações e contradições, de Tiago Costa
Muitas pessoas homossexuais já escondem seus sentimentos por medo da violência por parte da sociedade. Alguns apelidos como viado, bicha, baitola, sapatão já me soam como violência, mesmo na brincadeira. Os corpos de homossexuais são frequentemente passíveis a essa violência, que vai desde o toque não consentido das genitais até os casos extremos de estupro!
Viver a Diversidade, da Clara Guimarães
Não interessa que você não entende, porque é diferente, tente se solidarizar com o outro, amor é amor, beijo é beijo, não interessa quem está amando ou beijando quem. Se todos os seres aprendessem a amar incondicionalmente, nós viveríamos em um mundo melhor.