O post de hoje é um post desabafo, que seguro pra fazer há muito tempo. Quando comecei a militar pela internet, comecei a colecionar inimizades, pessoas que ficavam com raiva de mim ao apontar que uma piada, um comentário, uma imagem eram machistas. Muit@s amig@s minh@s não mudaram comigo, mas muita gente foi se afastando, como se eu fosse a errada da história. Já passei por momentos de discussão, gente que me ofende, vontade de ofender muita gente e, claro, limpa nas redes sociais. Já excluí de minhas redes sociais conhecidos, familiares e até pessoas que se diziam minhas amigas.

Ser militante é comprar briga com o mundo, é se entregar a um ideal que nem sempre é entendido pelas pessoas a sua volta, é ter medo de perder uma amizade por falar o que pensa, mas falar mesmo assim. E, claro, ser militante, é não ofender, comprar briga de forma educada e pacífica, sem infantilidades. Essa semana excluí um amigo de amigos meus, não pela imagem sexista que ele postou, mas por ele reagir da pior forma a um comentário meu de que a imagem era sexista. Vemos muita gente que, como não consegue responder a altura sua argumentação, te xinga e é mal educada. E nesse momento, você para não ser desagradável e não perder a razão, tem que se segurar, fazer esforço pra não responder a altura. eu sou uma pessoa muito passional, eu amo muito, eu odeio muito, eu rio muito, eu choro muito, mas eu tento não xingar.
Me dei conta que é mais fácil falar de bobeiras com algumas pessoas, mas quando falamos de assuntos sérios e existe a discórdia é quando encontramos as reais amizades. Ser amig@ não é ser tão militante, tão feminista, tão chat@ quanto eu, é respeitar essa minha faceta. Com isso, passei a me dar o direito de me afastar de certas “amizades” que me acham chata e mal amada por falar o que penso e por militar. Não consigo ser tolerante com quem me xinga, posso até discordar e conviver com isso, mas não posso conviver com quem me trata mal por um pensamento que me é tão vital quanto o ar que eu respiro.